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Fiscalização eletrônica do Piso Mínimo de Frete (PMF): o que muda e como evitar autuações indevidas no transporte fracionado

Fiscalização eletrônica do Piso Mínimo de Frete (PMF): o que muda e como evitar atuações indevidas no transporte fracionado

A fiscalização eletrônica do Piso Mínimo de Frete (PMF) tornou-se uma realidade desde outubro de 2025, quando a ANTT passou a cruzar automaticamente os dados do MDF-e com as tabelas de frete previstas na Lei 13.703/2018

A medida, baseada na Nota Técnica ANTT 2025.001, exige que transportadores e embarcadores informem corretamente no MDF-e os valores e formas de pagamento do frete (campo inf Pag) e, no caso de carga lotação, também o NCM do produto dominante.

No entanto, apesar do rigor da fiscalização, é essencial compreender que o Piso Mínimo de Frete não se aplica ao transporte fracionado. Muitos embarcadores e transportadores têm recebido notificações indevidas porque a operação foi mal documentada no MDF-e, gerando um cenário conhecido como “falso lotação”.

Continue neste artigo do Blog do Trecho para entender sobre a fiscalização do piso mínimo de frete e como evitar possíveis problemas.

Por que o piso mínimo do frete não se aplica ao transporte fracionado?

1. Critérios legais

A Resolução ANTT 5.867/2020 deixa claro: o Piso Mínimo de Frete (PMF) se aplica exclusivamente ao transporte rodoviário de carga lotação, quando a operação apresenta:

  • Uma única origem
  • Um único destino
  • Um único embarcador
  • Apenas um CT-e ou NF-e

O transporte fracionado, a dinâmica é completamente diferente: há vários clientes, documentos, produtos e rotas em uma mesma viagem. Por isso, não existe base legal para aplicar a tabela do PMF a esse tipo de operação.

2.  Dinâmica do transporte

A forma de cálculo do PMF, quilômetro percorrido × número de eixos, torna inviável a aplicação em operações fracionadas. 

Cada entrega tem distância, peso, volume e tipo de carga diferentes. Seria impossível definir um valor mínimo por cliente usando o mesmo critério do frete lotação.

3. Qual o critério de leitura do MDF-e?

A ANTT utiliza uma lógica simples para identificar o tipo de operação:

  • 1 CT-e/NF-e → carga lotação
  • 2 ou mais documentos → transporte fracionado

Se o MDF-e aparentar uma carga lotação quando, na prática, é uma operação com múltiplos clientes, cria-se o risco de autuação por frete abaixo do piso, mesmo que indevida.

Como evitar autuações na fiscalização eletrônica do Piso Mínimo de Frete (PMF)?

1. Evitar o “falso lotação”

Jamais emitir um único CT-e/MDF-e quando a operação, na realidade, tiver vários clientes, produtos ou destinos.

Isso gera leitura errada pelo sistema da ANTT e risco imediato de multa.

2. Preencher corretamente o campo infPag

O campo que informa valores e forma de pagamento do frete não pode ficar em branco. 

A ausência dessa informação gera multa formal de R$550, inclusive em operações fracionadas.

3. Emitir o CIOT quando houver TAC

Mesmo que o PMF não se aplique ao fracionado, o CIOT continua obrigatório sempre que houver contratação de transportador autônomo (TAC), seja spot, agregado ou equiparado.

Essa obrigação decorre da Resolução ANTT 3.658/2011, não do Piso Mínimo de Frete (PMF).

4 – Manter um dossiê completo do transporte fracionado

Ter toda a documentação em mãos ajuda a comprovar a natureza da operação e elimina dúvidas em casos de autuação:

  • Romaneios
  • CT-es
  • Comprovantes de entrega
  • Roteirização
  • Ordens de coleta
  • Contratos de prestação de serviço

Essas evidências são essenciais para defender sua operação caso a fiscalização registre algum apontamento indevido.

A fiscalização eletrônica aumentou a rigidez do setor, o que exige das transportadoras uma atenção extra para garantir que cada operação esteja de acordo com as normas da ANTT.

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Letícia Galvão | Coordenadora de Marketing

Letícia Galvão | Coordenadora de Marketing

Especialista em Gestão Estratégica de Negócios e formada em Publicidade e Propaganda. Com vasta experiência no modal rodoviário, atua há mais de 10 anos com comunicação e marketing, liderando projetos em growth, estratégia de marketing para máquina de vendas, branding, comunicação institucional, trade marketing, marketing digital para produtos B2B e B2C, mapeamento da jornada do cliente e régua de comunicação.

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