TRC 2025 foi um dos anos mais intensos e transformadores para o Transporte Rodoviário de Cargas (TRC). A combinação entre digitalização, fiscalização eletrônica, evolução regulatória e tecnologia avançada obrigou transportadoras e caminhoneiros a se adaptarem rapidamente.
- Legislação Fiscal e Obrigações Acessórias: O Foco do TRC 2025
- Piso Mínimo de Frete (PMF): Fiscalização e Exceções
- O Microempreendedor no Trecho: MEI Caminhoneiro
- Tecnologia e Inovação: IA, Sustentabilidade e Pagamento Eletrônico
- Prepare-se para o Futuro do TRC
Diferente de anos anteriores, em que as mudanças eram pontuais, 2025 consolidou um novo modelo operacional: totalmente digital, integrado e fiscalizado por dados. Quase tudo passou a depender de conformidade documental, integração de sistemas e precisão nas informações.
Para simplificar sua jornada, o Blog do Trecho organizou um guia completo com os principais temas que impactaram o TRC em 2025.
Reunimos os principais artigos de 2025 sobre PMF, MDF-e, CIOT, sustentabilidade, IA e os debates técnicos da ANTT que moldaram o ano do TRC. Use este conteúdo como referência para fechar o ano em conformidade e iniciar 2026 com vantagem competitiva.
1. Legislação Fiscal e Obrigações Acessórias: O Foco do TRC 2025
A legislação fiscal se tornou mais dinâmica e exigente, o ponto central do ano foi a transparência digital, impulsionada por sistemas da ANTT e da Receita que agora cruzam informações automaticamente.
Para acompanhar tudo: https://targetbank.com.br/blog-do-trecho/tag/legislacao/
MDF-e: As mudanças mais profundas dos últimos anos
A Nota Técnica 2025.001 trouxe novas regras que exigiram adequações imediatas. Entre elas:
- validações mais rígidas entre documentos de carga e dados operacionais;
- maior rigor sobre RNTRC, placas e perfis de operação;
- impacto direto no transporte fracionado, agregado e terceirizado.
Resultado, erros simples passaram a gerar retenções e multas.
Saiba todos os detalhes: Tudo sobre MDF-e e as mudanças de 2025
2. Piso Mínimo de Frete (PMF): Fiscalização e Exceções
2025 consolidou um modelo de fiscalização baseado em sistemas automáticos. A ANTT reforçou penalidades, aprimorou auditorias e passou a usar dados como principal ferramenta de fiscalização.
Transporte fracionado: o debate que dominou o ano
A medida, baseada na Nota Técnica ANTT 2025.001, exige que transportadores e embarcadores informem corretamente no MDF-e os valores e formas de pagamento do frete (campo inf Pag) e, no caso de carga lotação, também o NCM do produto dominante.
No entanto, apesar do rigor da fiscalização, é essencial compreender que o Piso Mínimo de Frete não se aplica ao transporte fracionado. Porém, muitas transportadoras continuaram sendo notificadas por divergências no MDF-e.
Por quê? Porque a fiscalização passou a cruzar automaticamente:
- tipo de carga;
- pesos declarados;
- operação predominante;
- e CNAE de quem transporta.
Com isso, erros no MDF-e passaram a simular irregularidades. Ou seja, o preenchimento correto do MDF-e é a chave para a defesa da transportadora.
Para entender sobre a fiscalização do piso mínimo de frete e os possíveis problemas: Fiscalização eletrônica do Piso Mínimo de Frete (PMF): como evitar autuações indevidas
Entenda a base legal: Piso mínimo de frete no Brasil
3. O Microempreendedor no Trecho: MEI Caminhoneiro
O MEI Caminhoneiro continuou como uma das principais portas de entrada para a formalização do autônomo. Porém, 2025 reforçou obrigações como:
- RNTRC dentro da validade;
- emissão correta de documentos fiscais;
- limites de receita específicos;
- necessidade de seguro obrigatório conforme a carga.
E está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei Complementar 55/25, que propõe ampliar o limite de faturamento do MEI Caminhoneiro de R$ 251,6 mil para R$ 400 mil anuais. O teto mensal também subiria, de R$ 20.966,67 para R$ 33.334,00, com reajuste anual baseado na inflação medida pelo IPCA.
Guia completo: O que é MEI para caminhoneiro?
4. Tecnologia e Inovação: IA, Sustentabilidade e Pagamento Eletrônico
Se 2024 preparou o terreno, 2025 foi o ano da consolidação digital no TRC.
O futuro do TRC é digital e sustentável. Em 2025, a tecnologia deixou de ser um diferencial e se tornou um requisito para a otimização de custos e a eficiência operacional.
Inteligência artificial nas estradas
A busca por eficiência, menor custo operacional e processos inteligentes levou embarcadores, transportadoras e motoristas autônomos a adotarem soluções digitais que analisam dados em tempo real, ajustam rotas automaticamente e reduzem desperdícios.
Esses profissionais passaram a usar IA para:
- prever custos
- sugerir rotas mais econômicas
- avaliar risco de viagem
- monitorar comportamento do motorista
- reduzir consumo e tempo ocioso.
Um sistema inteligente pode calcular milhões de possibilidades em segundos, encontrando o equilíbrio ideal entre tempo, distância e custo.
Mais sobre como a IA pode transformar sua operação: Inteligência artificial na logística, como otimizar rotas e reduzir custos?
Sustentabilidade como obrigação operacional
A crescente cobrança por práticas ESG e a necessidade de operações mais eficientes impulsionaram a modernização das frotas.
Com a Lei nº 14.592/2023, que fortalece as diretrizes de responsabilidade socioambiental nas atividades logísticas, a adoção de práticas ESG tornou-se ainda mais estratégica.
A redução de emissões passou a caminhar junto da economia operacional, impulsionada pelo uso de combustíveis mais limpos e por tecnologias de telemetria que otimizam o desempenho dos veículos.
Modelos ESG deixaram de ser tendência e passaram a impactar:
- acesso a crédito
- custo de seguros
- competitividade em concorrências.
Além disso, telemetria avançada e combustíveis alternativos se tornaram padrão.
A chamada frota sustentável já não é apenas uma tendência, é uma necessidade.
Acompanhe o Guia que preparamos para uma logística mais verde e econômica: Frota sustentável: Guia completo para transportadoras reduzirem emissões e custos
PEF via Pix e CIOT: transparência total
A transparência no pagamento de fretes ganhou ainda mais força com a consolidação do CIOT e a adoção do Pix como meio oficial de Pagamento Eletrônico de Frete (PEF).
Com validações automáticas e integração direta a outras bases de dados, o CIOT tornou-se um elemento central para garantir segurança, rastreabilidade e conformidade nas operações. Paralelamente, o pagamento de frete via Pix se firmou no setor, ampliando o controle sobre as transações e reduzindo riscos de fraude.
A Lei nº 14.599/2023 reforçou esse cenário ao regulamentar o uso do Pix entre transportadoras, embarcadores e motoristas autônomos, exigindo que todos os pagamentos sejam identificáveis e rastreáveis, um avanço que eleva a transparência e a confiança em toda a cadeia logística.
Entenda tudo: CIOT e Pagamento Eletrônico de Frete via Pix
5. Prepare-se para o Futuro do TRC
As transformações de 2025 estabeleceram um novo padrão para o transporte de cargas no Brasil.
A modernização regulatória, o uso de IA e a digitalização deixaram de ser diferenciais e passaram a ser elementos obrigatórios para manter a competitividade. Quem aposta em conformidade, automação e tecnologia sai na frente, não apenas agora, mas especialmente no que vem pela frente.
O Target Bank permanece como parceiro estratégico do setor, oferecendo soluções financeiras e conteúdos especializados que fortalecem a segurança, a eficiência e a gestão das operações.
Nossa missão é apoiar empresas e profissionais do trecho a compreenderem as novas regras, adotarem tecnologias inovadoras e seguirem firmes rumo a um futuro mais inteligente e sustentável.
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